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Na cena que mais tem chamado a atenção dos críticos e público, a personagem Annamaria (Maria Hofstätter) obtém orgasmo com um crucifixo. Em seu quarto, ela tira o símbolo católico da parede, acaricia-o, beija-o, acaricia-o de novo, mais uma vez, outra vez, de novo, sempre com mais intensidade, até se masturbar com o objeto, cena que o filme mostra sob as cobertas.
A auxiliar de raio x Annamaria acentua a sua devoção após o fracasso do seu relacionamento com Nabil Saleh, imigrante egípcio muçulmano que não tolera o cristianismo. "Ela é uma mulher decepcionada com o amor, com os homens e frustrada sexualmente", disse Seidl. "Sente um vazio interior."
Annamaria se dedica a rodas de oração e à visita de imigrantes para tentá-los convertê-los ao catolicismo. Ela se açoita, anda de joelhos e se fere com instrumentos cortantes.
Paradies: Glaube compõe uma trilogia com Paradise: love e Paradise: hope. No Brasil, o filme foi acusado por pelo menos um crítico de ser apelativo, mas sem se dar conta de que apelativo mesmo é o fanatismo religioso.
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