JEJUM DE DANIEL INICIARÁ DIA 13/08
PREPARE-SE, O JEJUM DE DANIEL ESTÁ CHEGANDO!
A partir do dia 13 de Agosto, o Bispo Macedo anunciou que toda a Igreja Universal do Reino de Deus do mundo inteiro, inclusive nós do Exército Universal, estaremos realizando o 5º Jejum de Daniel (ouça o vídeo a seguir).O jejum é aberto a todas as pessoas que queiram, de fato, nascer de Deus e desejam um compromisso com Ele. Serão 21 dias de abstinência de todo o tipo de informação, tevê, rádio, filmes, novelas, programas seculares, lazer e entretenimento. Quem participar poderá alimentar-se espiritualmente de conteúdos de fé como mensagens, programas evangelísticos da igreja e leitura bíblica aqui no Exército Universal.
Ouça o Bispo Macedo falando sobre o início do Jejum:
7 COISA QUE DEUS NUNCA VIU
Deus é um “Ser” existente por si mesmo, é Espírito, infinito, eterno, inimitável em seu Ser, sabedoria, santidade, justiça, amor, supremo criador do Universo.
Deus é onipotente em seu Poder ilimitável, para Ele nada é impossível – Lucas 1:37. Deus é onipresente, Ele está em todo lugar – Salmos 139:7-10. Deus é onisciente, porque conhece todas as coisas – Ezequiel 11:5 – Hebreus 4:6. Deus também é misericordioso – Salmos 103:8-18. O conhecimento da sua misericórdia é a base da nossa esperança – Salmos 130:7, como também é a base da nossa confiança – Salmos 52:8.
É tão grande a sua Misericórdia para com a humanidade que há coisas que Deus nunca viu:
1 – DEUS NUNCA VIU UM HOMEM QUE ELE NÃO POSSA AMAR:
Certo poeta inspirado disse: “Se o mar fosse tinta, e o céu fosse papel, se as árvores fossem pincel jamais descreveríamos o amor de Deus”.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3:16.
“Ninguém tem amor maior do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” – João 15:13.
2 – DEUS NUNCA VIU UM PECADOR QUE NÃO POSSA SALVAR:
Deus não ama o pecado, porém ama o pecador. E para um grande pecador há um grande Salvador.
“Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar...” – 1 João 1:9.
3 – DEUS NUNCA VIU UM DOENTE QUE NÃO POSSA CURAR:
Para uma grande enfermidade há um grande Médico. “Eu Sou o Senhor que te sara” – Êxodo 15:26.
4 – DEUS NUNCA VIU UM PROBLEMA QUE NÃO POSSA RESOLVER:
Para um grande problema temos um grande advogado. “Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu farei” – João 14:14.
“...temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” – 1 João 2:1.
5 – DEUS NUNCA VIU UM SUBSTITUTO PARA O SANGUE DE JESUS:
“Sangue é vida, e a vida é coisa preciosa”.
Todos os sangues mancham, mas o de Cristo limpa e purifica de todo o pecado – 1 João 1:7.
O sangue de Cristo nos oferece redenção, garante salvação e nos assegura Vida Eterna.
6 – DEUS NUNCA VIU UM JUSTO QUE NÃO POSSA AMPARAR:
“O Senhor não desampara os seus santos” – Salmos 37:28.
O rei Davi confirmou: “Fui moço e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” – Salmos 37:25.
7 – DEUS NUNCA VIU OUTRO DEUS SUPERIOR A ELE:
“Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da Terra; porque Eu Sou Deus e não há outro” – Isaías 45:22.
“Porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses” – 2 Crônicas 2:5.
“Creio no Deus que fez os homens, e não no deus que os homens fizeram” – (Karr).
Autor: Joacir Martins de Freitas
Deus é onipotente em seu Poder ilimitável, para Ele nada é impossível – Lucas 1:37. Deus é onipresente, Ele está em todo lugar – Salmos 139:7-10. Deus é onisciente, porque conhece todas as coisas – Ezequiel 11:5 – Hebreus 4:6. Deus também é misericordioso – Salmos 103:8-18. O conhecimento da sua misericórdia é a base da nossa esperança – Salmos 130:7, como também é a base da nossa confiança – Salmos 52:8.
É tão grande a sua Misericórdia para com a humanidade que há coisas que Deus nunca viu:
1 – DEUS NUNCA VIU UM HOMEM QUE ELE NÃO POSSA AMAR:
Certo poeta inspirado disse: “Se o mar fosse tinta, e o céu fosse papel, se as árvores fossem pincel jamais descreveríamos o amor de Deus”.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3:16.
“Ninguém tem amor maior do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” – João 15:13.
2 – DEUS NUNCA VIU UM PECADOR QUE NÃO POSSA SALVAR:
Deus não ama o pecado, porém ama o pecador. E para um grande pecador há um grande Salvador.
“Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar...” – 1 João 1:9.
3 – DEUS NUNCA VIU UM DOENTE QUE NÃO POSSA CURAR:
Para uma grande enfermidade há um grande Médico. “Eu Sou o Senhor que te sara” – Êxodo 15:26.
4 – DEUS NUNCA VIU UM PROBLEMA QUE NÃO POSSA RESOLVER:
Para um grande problema temos um grande advogado. “Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu farei” – João 14:14.
“...temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” – 1 João 2:1.
5 – DEUS NUNCA VIU UM SUBSTITUTO PARA O SANGUE DE JESUS:
“Sangue é vida, e a vida é coisa preciosa”.
Todos os sangues mancham, mas o de Cristo limpa e purifica de todo o pecado – 1 João 1:7.
O sangue de Cristo nos oferece redenção, garante salvação e nos assegura Vida Eterna.
6 – DEUS NUNCA VIU UM JUSTO QUE NÃO POSSA AMPARAR:
“O Senhor não desampara os seus santos” – Salmos 37:28.
O rei Davi confirmou: “Fui moço e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” – Salmos 37:25.
7 – DEUS NUNCA VIU OUTRO DEUS SUPERIOR A ELE:
“Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da Terra; porque Eu Sou Deus e não há outro” – Isaías 45:22.
“Porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses” – 2 Crônicas 2:5.
“Creio no Deus que fez os homens, e não no deus que os homens fizeram” – (Karr).
Autor: Joacir Martins de Freitas
SANTO CULTO: BISPO MACEDO - PORTUGAL 22/07/12
Se você estiver precisando de um Socorro Espiritual Urgente, encontre aqui o telefone dos principais Cenáculos do Espírito Santo no Brasil. Ligue e receba uma orientação de fé. S.O.S - Espiritual
TV AO VIVO:http://iurdtv.com/
Reuniões:http://www.arcauniversal.com/iurd/reunioes.html
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Reuniões:http://www.arcauniversal.com/iurd/reunioes.html
Carta aos Sofridos
Tenho pensado assim: se eu, um mísero nada, sujeito a tantos erros e fraquezas, sinto uma dor insuportável ao saber dos seus sofrimentos, imagine o Senhor Jesus!
Você acha que Ele está fora de sua vida? Você pensa que Ele não sente também as suas dores?
Ah, minha amiga e meu amigo internauta, nosso Senhor não nos abandonou!
Sabemos que o Reino de Deus não é para tímidos ou covardes. Se assim fosse, ninguém necessitaria sacrificar, não é mesmo?
Contudo, Deus tem permitido passarmos por tribulações, angústias e períodos sem Suas respostas…
Por quê? Não sei… Mas, uma coisa eu sei e tenho certeza: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Romanos 8.28
Vocês O amam?
Então, não se deixem levar pelas dúvidas do coração enganador!
Fernanda Martins, Maria Gonçalves, Bruna e todos os demais sofridos, vamos nos manter ligados numa só fé e num só espírito de oração diária, para que no seu devido tempo, venhamos colher os frutos da perseverança.
Os momentos difíceis sempre batem à nossa porta, mas nosso Senhor garante:
“…eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. Mateus 28.20
Ele está junto de você, agora mesmo, enquanto você lê esta carta!
Se quiser aproveitar o momento, converse com Ele aí mesmo!
Se quiser aproveitar o momento, converse com Ele aí mesmo!
Sejam abençoados em o Nome do Senhor Jesus Cristo!
fonte: Blog Bp Macedo
Alerta a todas as Obreiras
Meu nome é Rita, tenho 21 anos. Eu e minha família chegamos à IURD quando eu tinha seis anos, fomos libertos e entregamos nossas vidas a Deus. Minha mãe foi levantada a obreira e, aos 13 anos, eu também.
Aos 15, conheci um pastor que se interessou em "orar" comigo. Noivamos, após um ano e três meses. Eu o achava muito de Deus, não observava os detalhes e pensava que fazer “testes” era uma besteira. Ignorei o fato de ele ser nervoso, orgulhoso e discordar da direção da igreja.
Um dia ele foi repreendido e disciplinado por causa de orgulho. Ele se sentiu "injustiçado", se encheu de mágoa e abandonou a Obra. Tentaram me alertar. Um pastor conversou comigo e disse que a atitude dele não era a de um homem de Deus. Escutei tudo calada, mas dentro de mim crescia uma raiva. Eu disse que ficaria com ele, que não o abandonaria. Lembro-me de que a esposa do pastor me disse: "Rita, o diabo quer te pegar". Não dei ouvidos a ela, pelo contrário, aquilo alimentou ainda mais a minha raiva.
Ele foi morar com os pais, pois não tínhamos dinheiro para casar. Esfriamo-nos na fé, deixei de ser obreira, raramente ia à igreja e começamos a nos abrasar. Minha família acabou saindo da igreja, estávamos todos perdidos. Ele me disse que tinha que casar o mais rápido possível, que era agora ou nunca. Contrariando a minha vontade e a da minha família, nos casamos. Era para ser o dia mais lindo da minha vida, mas foi horrível. Sem igreja, sem vestido de noiva e com tristeza, pois pouco tempo antes eu havia me deitado com ele.
Não houve lua de mel, fomos morar em uma casa alugada. Nos primeiros meses já vieram as dívidas, nome sujo e falta de dinheiro, pois ele não tinha controle das finanças. Brigávamos muito, eu vivia triste, desejei o divórcio. Em busca de alegria, fomos a boates e tenho consciência de que se tivesse morrido naquela época, estaria no inferno. Como diz o bispo, aceitei o "Beijo de Judas" e, por conta de uma emoção, vivi o inferno. Então, me lembrei daquelas palavras: "Rita, o diabo quer te pegar". Ele pegou a mim, minha família e minha salvação.
Foi quando comecei a acompanhar seu blog novamente. Eu tinha raiva da igreja, mas sentia paz quando lia as mensagens do seu blog. Eu lia todos os dias, ouvia os podcasts e isso foi quebrando meu coração. Primeiro ia à igreja só para levar o dízimo. Eu me lembro de que o pastor dizia: “Filha, a fé vem pelo ouvir a Palavra”. Meu marido estava cada vez pior, minha vida sem razão, então tomei a decisão de voltar.
Uma noite, dobrei meus joelhos e clamei a Deus para que abençoasse a todos que eu tinha mágoa. Disse o nome de um por um, meu coração doía, parecia que ia sair pela boca, mas eu os perdoei. Então tive um reencontro com meu amado Espírito Santo e todo o peso foi tirado de mim. A partir daquele momento, Deus me deu paz e sabedoria para lidar com todos os problemas. Meu marido começou a me acompanhar à igreja. Passaram alguns meses e ele voltou a orar, deixou as más amizades e pegou firme.
Hoje sou obreira novamente. Minha família está indo à igreja e já vejo uma mudança muito grande em minha mãe. Trabalho em dois turnos para manter as despesas. Meu casamento é outro, mas não tem sido fácil minha luta para que meu marido mude, seja responsável, mais calmo e me dê segurança. É seu terceiro emprego em cinco meses e ainda não posso confiar nele em relação a dinheiro, mas creio que Deus irá transformá-lo.
A moral da minha história para todas as obreiras é: NÃO FAÇA O DESEJO DO SEU CORAÇÃO, por amor a sua salvação. Só estou salva hoje pela misericórdia de Deus. Por favor, obreiras, não se iludam com um pastor educado, bonito e que conversa bem. E vocês que namoram ou são noivas, observem, atentamente, absolutamente tudo, testem e não se deixem enganar pela aparência de santidade.
Eu poderia ter evitado todo esse sofrimento se tivesse sido racional, escutado a voz de Deus e ignorado meu coração. Coloquei em risco a minha salvação e a de toda a minha família, que se magoou.
Peço a Deus que tenha misericórdia de mim, pois não quero que minhas mãos estejam sujas de sangue. Isso é muito sério, tudo que eu passei foi desnecessário. Por favor, não façam igual a mim, pois estou salva novamente, mas conheço muitas outras que não voltaram, que estão no mundo, e tantas outras que morreram.
Dona Cristiane, eu agradeço pelas mensagens no blog, se Deus não tivesse usado a senhora, provavelmente, eu não estaria aqui lhe escrevendo este e-mail.
Rita
Rosane Collor revela que ex-presidente fazia rituais de magia negra
Ainda não sabemos o que está por trás da intenção da TV Globo para realizar uma entrevista como essa que você vai poder ler e ver o vídeo a seguir em ano de eleição, sendo que a TV Globo é uma emissora espírita.
Veja a entrevista a seguir com a ex-primeira dama Rosane Collor e tire suas próprias conclusões.
Fantástico: Você tem saudade do poder?
Rosane: O poder é efêmero, o poder um dia acaba.
Em 1990, quando Fernando e Rosane Collor de Mello se tornaram o presidente e a primeira-dama mais jovens do Brasil, ele com 40 anos e ela com 26, ninguém poderia imaginar essa cena: a Rosane, que chamava atenção pelas roupas caras e extravagantes, passando sempre a imagem de mulher poderosa, hoje se senta com a Bíblia entre as mãos em cultos evangélicos para pedir ajuda e dar testemunhos como esse:
Rosane: E olha que eu tive muitos momentos em que eu disse: Jesus, me leva, aqui nessa terra eu não quero ficar mais.
Fernando Collor e Rosane ficaram casados por 22 anos. Há sete anos se separaram. Agora brigam na Justiça em um processo litigioso.
Nesta entrevista, Rosane fala pela primeira vez sobre o que viu e viveu na presidência do ex-marido, hoje senador. São revelações inéditas, que confirmam boa parte do que Pedro Collor, irmão já falecido do ex-presidente, disse há 20 anos, detonando o processo de impeachment, o afastamento de Fernando Collor do poder.
A versão de Rosane estará também num livro que ela escreve com o jornalista Fábio Fabretti.
“Eu me considero um arquivo vivo. E eu digo em todas as entrevistas, e inclusive já disse na Justiça, que se algo acontecer na minha vida, o responsável maior será Fernando Collor de Mello”, diz ela.
Rosane conta que chegou a ser ameaçada ao decidir ir à casa de uma pastora chamada Maria Cecília, da Igreja Resgatando Vidas para Deus. Cecília era amiga do casal Collor, e antes de se converter à Igreja, se dedicava ao que Rosane chama de magia negra. Nesse encontro, a pastora distribuiu uma gravação em que revelava trabalhos de magia feitos por encomenda do presidente na casa da Dinda, a mansão da família Collor em Brasília. Revelações que Rosane confirmará nessa entrevista.
Rosane: Eu recebi um telefonema dizendo que eu não fosse a esse evento porque, se eu fosse, eu iria, mas eu não voltaria. E eu repreendi, disse que não tinha medo.
Fantástico: E você acha que foi ele? Ou foi ele que te ameaçou?
Rosane: Foi ele que ameaçou.
Fantástico: Ele te ligou e pessoalmente te disse isso?
Rosane: Um telefonema anônimo. Eu não sei se era ele que estava no telefone. Eu sei que eram pessoas que falavam dizendo que ele tinha mandado ligar, dizendo que eu não fosse praquele culto, porque se eu fosse eu não voltaria.
Para entender as acusações de Rosane Collor de Mello contra o ex-marido, é preciso relembrar um dos momentos mais dramáticos da história do país.
O ano é 1989. O Brasil está eufórico por votar para Presidente da República depois de 29 anos sem eleições diretas.
Fernando Collor se lança candidato como o defensor dos humildes, o caçador de marajás, como eram conhecidos os funcionários públicos que recebiam supersalários.
Collor: Vamos fazer do nosso voto a nossa arma, para retirar do Palácio do Planalto os maiores marajás desse país!
A estratégia funcionou. Collor venceu com 35 milhões de votos. Lula ficou em segundo, com 31 milhões.
O novo presidente assumiu em 15 de março de 1990. Pouco tempo depois da posse, começaram a circular as primeiras denúncias de corrupção envolvendo o nome do tesoureiro da campanha, Paulo César Farias. PC, como ficou conhecido, era acusado de pedir dinheiro a empresários em troca de privilégios no governo.
“Toda e qualquer denúncia tem que ser exemplarmente apurada”, declarou Collor, em 1991.
Em maio de 1992, estoura a bomba: em entrevista à revista Veja, o próprio irmão do presidente, Pedro Collor, afirma que PC Farias era testa-de-ferro de Fernando Collor. O presidente, segundo as declarações do irmão, sabia das atividades criminosas de seu ex-tesoureiro.
Dez meses depois, Pedro vai além. Em entrevista ao Jornal do Brasil, diz que Collor e Rosane faziam o que ele, Pedro, chamou de rituais de magia negra. E na própria casa da Dinda, que era a mansão da família Collor, em Brasília.
Hoje, Rosane conta detalhes sobre esses rituais. E relata como foi o encontro com Maria Cecília, no dia em que teria sido ameaçada por telefone.
Rosane: Já faz bastante tempo que ela aceitou Jesus, ela hoje é pastora, e ela estava fazendo lançamento de um CD, onde ela contava todas as experiências.
Fantástico: Inclusive os rituais de magia negra que aconteciam.
Rosane: Inclusive os rituais de magia negra que eles faziam, mas não com a minha participação, porque algumas coisas eu participei, mas a grande maioria eu não aceitava participar.
Nesse CD a que Rosane se refere, Maria Cecília relata duas fases desse trabalho com Fernando Collor. Uma para ele chegar à Presidência: “Foi um trabalho muito sério. Foi um trabalho imundo, podre, nojento, para que se colocasse ali, na presidência da República, aquele homem para administrar o Brasil.”
Outra, com ele já presidente, nos porões da casa da Dinda. Nesse trecho, Maria Cecília fala dela mesma como se falasse de outra pessoa: “E ela teve que ir para Brasília, improvisar na Casa da Dinda, um lugar que fosse para o atendimento do marido e da esposa que estavam na presidência da República. E ela deu continuidade àquele trabalho por um longo tempo.”
Depois, Cecília confirmaria numa entrevista à revista Época a realização desses rituais.
Fantástico: Nesse livro, você vai contar justamente sobre esses rituais que ele não gostaria que fossem contados.
Rosane: Com certeza.
Fantástico: Que rituais são esses?
Rosane: Trabalhos em cemitérios, trabalhos muito fortes.
Fantástico: E com animais?
Rosane: Com animais era matança mesmo. Galinha, boi, vaca, animais que são sacrificados.
Uma imagem mostra a proximidade de Maria Cecília com Fernando Collor: em 1991, ela sobe a rampa ao lado do presidente, e trocando sorrisos. A cor branca do terno teria sido uma orientação de Cecília.
Também por orientação dela, segundo Rosane, Collor fazia rituais com a intenção de se proteger de inimigos políticos. Tentando fazer com que fossem atingidos pelo mal que desejassem contra ele:
Rosane: O Fernando fez ritual de ficar isolado, na Casa da Dinda ele ficou, tem um porão e ele ficou durante três dias isolado, como se fosse se consagrando.
Fantástico: Com animal morto?
Rosane: Mas não no mesmo local. Dormindo numa esteira, ficando ali vestido com roupa branca.
Fantástico: E ele fazia isso pedindo o que?
Rosane: Porque ele acreditava que pessoas que desejavam mal pra ele, fazendo isso, o mal que as pessoas mandavam pra ele, voltava.
Fantástico: Durante quanto tempo vocês fizeram esse tipo de ritual?
Rosane: Quando eu conheci o Fernando ele já frequentava esses ambientes. Enquanto a gente esteve casado, ele praticava.
Rosane afirma acreditar que esses rituais deram origem ao que ela chama de “Maldição do Collor”, e que ela e Maria Cecília só escaparam por terem aceitado Jesus.
Eu e a Cecília somos duas pessoas que estamos vivas. Eu não acredito em coincidência, eu acredito em ‘jesuscidência’. E somos duas pessoas que estamos vivas por ter aceitado Jesus.
Fantástico: O que você chama de “Maldição do Collor”?
Rosane: De as pessoas que tentaram prejudicá-lo. Vários exemplos morreram de morte estranha. Eu acredito na maldição, de aquilo que quando você deseja o mal para alguém, isso pode acontecer.
Fantástico: Quantas pessoas morreram de maneira estranha? A mulher do PC Farias.
Rosane: É que é uma pessoa que não tinha muito carinho pelo Fernando. Ela não gostava do Fernando. Agora jamais vou afirmar que o Fernando fez algum trabalho para que ela fosse morta.
Pedro Collor morreria em 1994, vítima de um câncer no cérebro. Dois anos antes, as denúncias feitas por ele na revista Veja provocaram a criação de uma CPI, e Collor tentou uma cartada: ele pediu o apoio popular:
“Saiam no próximo domingo de casa com alguma peça de roupa com as cores da nossa bandeira! Que exponham nas janelas! Que exponham nas suas janelas toalhas, panos, o que tiver nas cores da nossa bandeira. Porque assim, no próximo domingo, nós estaremos mostrando onde está a verdadeira maioria”, afirmou Collor na época.
Dois dias depois da conclamação, em vez de usar verde a amarelo, milhares de jovens que ficariam conhecidos como caras pintadas vão para as ruas vestindo preto. E pedem o afastamento do presidente.
Em junho, Collor tinha feito um pronunciamento em rede nacional negando que mantivesse contato com PC Farias.
“Há cerca de dois anos não encontro o senhor Paulo César Farias nem falo com ele. Mente quem afirma o contrário”, disse.
Hoje, Rosane, pela primeira vez, desmente o ex-marido. E diz que, por isso, Collor tem medo do livro que ela está escrevendo:
Fantástico: Quem você acha que está temendo hoje pelo lançamento do seu livro?
Rosane: Eu prefiro acreditar que tem pessoas que estão receosas.
Fantástico: Quem?
Rosane: O próprio Fernando, né? Porque eu acredito que eu vou contar coisas que ele não gostaria de ser contada.
Fantástico: Por exemplo?
Rosane: Vou dar um exemplo forte. O PC continuava, ele tomava café da manhã na Casa da Dinda, e ele disse que não, e acontecia. Uma vez por semana, ele tomava café da manhã na Casa da Dinda com Fernando, Presidente da República. Agora, depois que começaram a sair as notícias ruins, aí ele nunca mais foi tomar café na nossa casa. Até porque o PC era tesoureiro do Fernando da época da campanha. Ele quem fez a arrecadação, isso todo mundo sabe.
Fantástico: E depois, qual era a relação do Fernando Collor com PC Farias?
Rosane: De amizade, eles eram amigos.
Fantástico: E no governo?
Rosane: Eu tenho certeza absoluta que o PC teve influência no governo. Tanto que ele tinha irmão que foi ser da Saúde.
Fantástico: Mas o Fernando Collor negou essa informação na época, dizendo que ele não tinha contato com o PC Farias. Por que ele negou?
Rosane: Não sei por que ele negou.
Fantástico: Você perguntou pra ele?
Rosane: Perguntei, ele disse que preferia que fosse assim.
Fantástico: Quem tinha mais influência sobre Collor de Mello. Rosane ou PC?
Rosane: Nossa, eu acredito que o PC Farias.
Rosane lembra que em 1993, quando foi decretada a prisão de PC Farias, a mulher dele, Elma, saiu em defesa do marido: “O Paulo César não agiu sozinho, ele teve alguém que mandou. O chefe maior foi quem mandou ele fazer isso.”
Fantástico: E o chefe era o Fernando Collor?
Rosane: Eu acredito que, quando ela falou nessa entrevista, eu acredito que ela tenha falado do Fernando.
Rosane revela que, quando foi presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA), teve problemas com PC Farias.
Rosane: Uma certa manhã, nós estávamos tomando café da manhã na Casa da Dinda, eu era presidente da LBA de fato, e no café da manhã eu fui conversar com o Fernando e o PC estava lá, e eu disse que eu não gostaria que o PC viesse interferir na LBA.
Fantástico: Que tipo de interferência ele queria fazer?
Rosane: Colocando muitas pessoas pra trabalhar em cargos importantes.
Fantástico: Pessoas dele?
Rosane: Pessoas ligadas a ele. Eu disse que eu não ia permitir.
Fantástico: Isso coincidiu com a primeira crise do casal, em 1991?
Rosane: Exatamente. Foi aí a grande crise que nós tivemos no casamento.
Fernando Collor não se preocupou em esconder que, durante o período de crise no casamento, andava sem a aliança.
Rosane revela agora como o presidente e a primeira-dama mais jovens da história eram assediados nos salões da política.
Fantástico: Vocês eram um casal jovem, bonito. Tinha muito assédio?
Rosane: Com certeza. Eu acredito que de ambas as partes.
Fantástico: Muita mulher dando em cima do Fernando Collor?
Rosane: Muitas mulheres.
Fantástico: Muito homens dando em cima?
Rosane: Com certeza. Isso é natural. Até pelo fato de a primeira-dama ser jovem, até pelo fato do presidente ser jovem, ter 40 anos de idade.
Fantástico: Você, como primeira-dama, foi assediada?
Rosane: É normal. As pessoas olham, se encantam.
Fantástico: Foi cantada?
Rosane: Não sei se cantada, mas palavras mais gentis.
Fantástico: Presentes?
Rosane: É, ganhei. Presente de joias, e eu entregava pra ele. Pra saber o que eu fazia.
Fantástico: Homens te mandando joias de presente?
Rosane: É, de presente. Dava presente. Dizia: era presente pra primeira dama. Normal.
Mais tarde, a própria Rosane foi afastada da presidência da LBA, sob acusações de desvio de verbas.
Rosane: Em relação a isso eu não faço mais nenhum comentário, porque o Supremo Tribunal Federal me deu ganho de casa por unanimidade.
PC Farias foi preso em 1993, e em 1996, quando estava em liberdade condicional, foi encontrado morto em Maceió. A polícia concluiu que PC foi morto pela namorada, que se suicidou em seguida, mas o crime nunca foi completamente desvendado.
Fantástico: Onde você e o Collor estavam quando o PC Farias morreu?
Rosane: Nós estávamos no Taiti.
Fantástico: Como que vocês receberam essa notícia?
Rosane: Ele ficou preocupado. Agradeceu por não estar lá, porque poderia passar na cabeça das pessoas que ele poderia estar envolvido.
Fantástico: Você achou?
Rosane: Não, em nenhum momento. Como acredito que ele não está envolvido na morte do PC.
O momento decisivo da carreira política de Fernando Collor de Mello aconteceu no dia 24 de agosto de 1992. A CPI encarregada de investigar as denúncias contra o presidente concluiu: “Os documentos apresentados hoje pela Comissão Parlamentar de inquérito apontam as ligações do presidente Collor e de sua família com o chamado esquema PC”, disse o noticiário.
Os documentos registram uma reforma de US$ 2,5 milhões na Casa da Dinda, a mansão da família Collor, em Brasília; a compra de um carro Fiat Elba; e despesas pessoais, tudo pago por cheques de fantasmas, ou seja, de pessoas fictícias, inventadas, o que caracteriza crime contra a probidade na administração, um crime de responsabilidade, cuja pena é a perda do cargo. A votação do relatório pelo plenário da Câmara aconteceu no dia 29 de setembro de 1992.
Fantástico: O momento do impeachment. O momento da votação. Onde você estava?
Rosane: Nossa, foi muito tenso. Eu ia ficar com ele, eu queria assistir lá na presidência, no Planalto. Mas ele falou que não queria. Que ele queria assistir sozinho. E cada minuto, cada voto que era dado, ele ligava pra mim. Aí no momento que ele viu que não tinha mais jeito, que realmente o impeachment ia acontecer, ele realmente ficou desesperado.
Fantástico: Quando vocês se encontraram depois disso, o que ele te falou?
Rosane: Só nos abraçamos. Quando ele chegou em casa, nos abraçamos, eu tentei acalmá-lo, tranquilizá-lo e dizer: vai passar, eu estou aqui contigo, eu vou estar sempre do teu lado.
Em entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto, no Fantástico, Fernando Collor admitiu que pensou no pior, no suicídio.
Rosane lembra que nesse momento ficou apavorada.
Rosane: Eu procurei tirar as armas que tinham dentro de casa, eu tirei. Até por precaução, porque num momento de desespero a pessoa pode fazer. Então eu tentei. Durante muito tempo. Eu comecei a ter problema de insônia, porque eu já não conseguia dormir. Eu ficava angustiada, achando que ele era capaz de fazer alguma coisa. Então qualquer movimento dele, nos primeiros dias, se ele levantasse da cama, eu tava com o sono tão leve, era uma coisa impressionante, era tão leve meu sono que ele levantava e eu já acordava. Podia ser o que fosse, eu acho que nem dormia.
Fantástico: Ele ia pro banheiro…
Rosane: Ele ia pro banheiro, eu já acordava e corria atrás dele. Ele dizia: “calma, Quinha, eu estou no banheiro”. Eu achava que, não sei, que ele pudesse cometer, porque foi tudo muito rápido, foi uma coisa muito rápida…
Fantástico: Cometer suicídio?
Rosane: Eu achei que ele pudesse cometer.
Aprovado na Câmara, o pedido de impeachment seguiu para o Senado já no dia seguinte, sendo também aprovado e dando início ao julgamento de Collor, que deveria estar concluído em até 180 dias. Até lá, Collor ficaria afastado da presidência temporariamente, sendo substituído pelo vice Itamar Franco, o que, seguindo os trâmites oficiais, só aconteceu em 2 de outubro de 1992. Foi o dia em que Collor desceu a rampa do Palácio do Planalto pela última vez.
Rosane: Então, naquele momento, quando ele assinou, ele estava muito triste, ele estava muito abatido, ele estava muito magro. Estava depressivo, já não conseguia se alimentar direito. E naquele momento, quando ele assinou e nós fomos descer a rampa e ele quis, sabe, tipo, quis baixar a cabeça, eu segurei na mão dele, e disse: vamos, levanta a cabeça, vamos em frente que a gente vai conseguir.
Em 29 de dezembro, o Senado se reúne sob o comando do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Sidney Sanches, para julgar se Fernando Collor era mesmo culpado pelo crime de responsabilidade, apontado pela Câmara. Se condenado, Collor continuaria afastado, não voltaria à presidência e ficaria inelegível por oito anos. Para escapar dessa punição e garantir seus direitos políticos, ele tenta uma manobra de última hora: renuncia à presidência. Mas a tentativa não dá certo. Resultado: Fernando Collor é finalmente condenado.
Na esfera criminal, dois anos depois, Collor enfrentou no STF a acusação de corrupção passiva. Alegou que as despesas apontadas pela Câmara foram pagas com sobras do dinheiro da campanha de 1989 e com um suposto empréstimo feito no Uruguai. Collor alegou também desconhecer que suas contas eram pagas por meio de cheques de fantasmas. Para condená-lo por corrupção passiva, era necessário que a procuradoria provasse que Collor recebeu dinheiro em troca de favores e serviços prestados a corruptores. Mas, no entendimento do STF, a procuradoria não conseguiu nenhum documento que provasse isso de forma inequívoca. Por essa razão, por cinco votos a três, o Supremo absolveu Collor da acusação de corrupção passiva.
Hoje, Rosane faz uma avaliação sobre o passado.
Fantástico: Você tava preparada pra tanto poder?
Rosane: Ah, não, de jeito nenhum, acho que a gente não tava preparado.
Fantástico: Você se deslumbrou?
Rosane: Eu acho que todo mundo se deslumbra. Eu acho que chega o momento que a gente vê. Eu chegava e estava ao lado da princesa Diana. Eu estava jantando com a princesa Diana.
Collor voltou à política em 2002 e perdeu a eleição para o governo de Alagoas. Em 2006, foi eleito senador pelo mesmo estado. A separação de Rosane e Fernando Collor tinha ocorrido um ano antes, em 2005:
Fantástico: Essa casa onde você vive é de quem?
Rosane: Essa casa, hoje ela está, ele colocou porque ele tem um débito comigo na pensão alimentícia.
Segundo Rosane, a dívida de Collor é de R$ 950 mil. Ela briga na Justiça para ter acesso à parte dos bens que o ex-marido acumulou na vida pública. Os dois eram casados em regime de separação de bens. Quando casou, Rosane tinha 19 anos.
Fantástico: Vocês se casaram em que regime?
Rosane: Antes, em separação de bens total. Eu não sabia, eu achava que tinha sido parcial. Eu achava que aquilo que ele tinha antes era dele. E aquilo que a gente construísse seria nosso. Mas infelizmente, pela minha imaturidade, eu assinei um documento que eu não sabia o que estava fazendo.
Fantástico: Você pode dizer de quanto é sua pensão hoje?
Rosane: É de R$ 18 mil reais. É a pensão que eu recebo.
Fantástico: E você acha pouco?
Rosane: Pela vida que ele tem, sim. Eu vejo amigas minhas que se separaram. Agora há pouco tempo eu tenho um caso de uma amiga minha que se separou, o marido não é ex-presidente, não é senador da República, e tem uma pensão de quase R$ 40 mil.
Fantástico: E você, o que sente por ele?
Rosane: É aquilo que eu digo: o Fernando foi o grande amor da minha vida, mas também foi minha grande decepção.
Rosane: O poder é efêmero, o poder um dia acaba.
Em 1990, quando Fernando e Rosane Collor de Mello se tornaram o presidente e a primeira-dama mais jovens do Brasil, ele com 40 anos e ela com 26, ninguém poderia imaginar essa cena: a Rosane, que chamava atenção pelas roupas caras e extravagantes, passando sempre a imagem de mulher poderosa, hoje se senta com a Bíblia entre as mãos em cultos evangélicos para pedir ajuda e dar testemunhos como esse:
Rosane: E olha que eu tive muitos momentos em que eu disse: Jesus, me leva, aqui nessa terra eu não quero ficar mais.
Fernando Collor e Rosane ficaram casados por 22 anos. Há sete anos se separaram. Agora brigam na Justiça em um processo litigioso.
Nesta entrevista, Rosane fala pela primeira vez sobre o que viu e viveu na presidência do ex-marido, hoje senador. São revelações inéditas, que confirmam boa parte do que Pedro Collor, irmão já falecido do ex-presidente, disse há 20 anos, detonando o processo de impeachment, o afastamento de Fernando Collor do poder.
A versão de Rosane estará também num livro que ela escreve com o jornalista Fábio Fabretti.
“Eu me considero um arquivo vivo. E eu digo em todas as entrevistas, e inclusive já disse na Justiça, que se algo acontecer na minha vida, o responsável maior será Fernando Collor de Mello”, diz ela.
Rosane conta que chegou a ser ameaçada ao decidir ir à casa de uma pastora chamada Maria Cecília, da Igreja Resgatando Vidas para Deus. Cecília era amiga do casal Collor, e antes de se converter à Igreja, se dedicava ao que Rosane chama de magia negra. Nesse encontro, a pastora distribuiu uma gravação em que revelava trabalhos de magia feitos por encomenda do presidente na casa da Dinda, a mansão da família Collor em Brasília. Revelações que Rosane confirmará nessa entrevista.
Rosane: Eu recebi um telefonema dizendo que eu não fosse a esse evento porque, se eu fosse, eu iria, mas eu não voltaria. E eu repreendi, disse que não tinha medo.
Fantástico: E você acha que foi ele? Ou foi ele que te ameaçou?
Rosane: Foi ele que ameaçou.
Fantástico: Ele te ligou e pessoalmente te disse isso?
Rosane: Um telefonema anônimo. Eu não sei se era ele que estava no telefone. Eu sei que eram pessoas que falavam dizendo que ele tinha mandado ligar, dizendo que eu não fosse praquele culto, porque se eu fosse eu não voltaria.
Para entender as acusações de Rosane Collor de Mello contra o ex-marido, é preciso relembrar um dos momentos mais dramáticos da história do país.
O ano é 1989. O Brasil está eufórico por votar para Presidente da República depois de 29 anos sem eleições diretas.
Fernando Collor se lança candidato como o defensor dos humildes, o caçador de marajás, como eram conhecidos os funcionários públicos que recebiam supersalários.
Collor: Vamos fazer do nosso voto a nossa arma, para retirar do Palácio do Planalto os maiores marajás desse país!
A estratégia funcionou. Collor venceu com 35 milhões de votos. Lula ficou em segundo, com 31 milhões.
O novo presidente assumiu em 15 de março de 1990. Pouco tempo depois da posse, começaram a circular as primeiras denúncias de corrupção envolvendo o nome do tesoureiro da campanha, Paulo César Farias. PC, como ficou conhecido, era acusado de pedir dinheiro a empresários em troca de privilégios no governo.
“Toda e qualquer denúncia tem que ser exemplarmente apurada”, declarou Collor, em 1991.
Em maio de 1992, estoura a bomba: em entrevista à revista Veja, o próprio irmão do presidente, Pedro Collor, afirma que PC Farias era testa-de-ferro de Fernando Collor. O presidente, segundo as declarações do irmão, sabia das atividades criminosas de seu ex-tesoureiro.
Dez meses depois, Pedro vai além. Em entrevista ao Jornal do Brasil, diz que Collor e Rosane faziam o que ele, Pedro, chamou de rituais de magia negra. E na própria casa da Dinda, que era a mansão da família Collor, em Brasília.
Hoje, Rosane conta detalhes sobre esses rituais. E relata como foi o encontro com Maria Cecília, no dia em que teria sido ameaçada por telefone.
Rosane: Já faz bastante tempo que ela aceitou Jesus, ela hoje é pastora, e ela estava fazendo lançamento de um CD, onde ela contava todas as experiências.
Fantástico: Inclusive os rituais de magia negra que aconteciam.
Rosane: Inclusive os rituais de magia negra que eles faziam, mas não com a minha participação, porque algumas coisas eu participei, mas a grande maioria eu não aceitava participar.
Nesse CD a que Rosane se refere, Maria Cecília relata duas fases desse trabalho com Fernando Collor. Uma para ele chegar à Presidência: “Foi um trabalho muito sério. Foi um trabalho imundo, podre, nojento, para que se colocasse ali, na presidência da República, aquele homem para administrar o Brasil.”
Outra, com ele já presidente, nos porões da casa da Dinda. Nesse trecho, Maria Cecília fala dela mesma como se falasse de outra pessoa: “E ela teve que ir para Brasília, improvisar na Casa da Dinda, um lugar que fosse para o atendimento do marido e da esposa que estavam na presidência da República. E ela deu continuidade àquele trabalho por um longo tempo.”
Depois, Cecília confirmaria numa entrevista à revista Época a realização desses rituais.
Fantástico: Nesse livro, você vai contar justamente sobre esses rituais que ele não gostaria que fossem contados.
Rosane: Com certeza.
Fantástico: Que rituais são esses?
Rosane: Trabalhos em cemitérios, trabalhos muito fortes.
Fantástico: E com animais?
Rosane: Com animais era matança mesmo. Galinha, boi, vaca, animais que são sacrificados.
Uma imagem mostra a proximidade de Maria Cecília com Fernando Collor: em 1991, ela sobe a rampa ao lado do presidente, e trocando sorrisos. A cor branca do terno teria sido uma orientação de Cecília.
Também por orientação dela, segundo Rosane, Collor fazia rituais com a intenção de se proteger de inimigos políticos. Tentando fazer com que fossem atingidos pelo mal que desejassem contra ele:
Rosane: O Fernando fez ritual de ficar isolado, na Casa da Dinda ele ficou, tem um porão e ele ficou durante três dias isolado, como se fosse se consagrando.
Fantástico: Com animal morto?
Rosane: Mas não no mesmo local. Dormindo numa esteira, ficando ali vestido com roupa branca.
Fantástico: E ele fazia isso pedindo o que?
Rosane: Porque ele acreditava que pessoas que desejavam mal pra ele, fazendo isso, o mal que as pessoas mandavam pra ele, voltava.
Fantástico: Durante quanto tempo vocês fizeram esse tipo de ritual?
Rosane: Quando eu conheci o Fernando ele já frequentava esses ambientes. Enquanto a gente esteve casado, ele praticava.
Rosane afirma acreditar que esses rituais deram origem ao que ela chama de “Maldição do Collor”, e que ela e Maria Cecília só escaparam por terem aceitado Jesus.
Eu e a Cecília somos duas pessoas que estamos vivas. Eu não acredito em coincidência, eu acredito em ‘jesuscidência’. E somos duas pessoas que estamos vivas por ter aceitado Jesus.
Fantástico: O que você chama de “Maldição do Collor”?
Rosane: De as pessoas que tentaram prejudicá-lo. Vários exemplos morreram de morte estranha. Eu acredito na maldição, de aquilo que quando você deseja o mal para alguém, isso pode acontecer.
Fantástico: Quantas pessoas morreram de maneira estranha? A mulher do PC Farias.
Rosane: É que é uma pessoa que não tinha muito carinho pelo Fernando. Ela não gostava do Fernando. Agora jamais vou afirmar que o Fernando fez algum trabalho para que ela fosse morta.
Pedro Collor morreria em 1994, vítima de um câncer no cérebro. Dois anos antes, as denúncias feitas por ele na revista Veja provocaram a criação de uma CPI, e Collor tentou uma cartada: ele pediu o apoio popular:
“Saiam no próximo domingo de casa com alguma peça de roupa com as cores da nossa bandeira! Que exponham nas janelas! Que exponham nas suas janelas toalhas, panos, o que tiver nas cores da nossa bandeira. Porque assim, no próximo domingo, nós estaremos mostrando onde está a verdadeira maioria”, afirmou Collor na época.
Dois dias depois da conclamação, em vez de usar verde a amarelo, milhares de jovens que ficariam conhecidos como caras pintadas vão para as ruas vestindo preto. E pedem o afastamento do presidente.
Em junho, Collor tinha feito um pronunciamento em rede nacional negando que mantivesse contato com PC Farias.
“Há cerca de dois anos não encontro o senhor Paulo César Farias nem falo com ele. Mente quem afirma o contrário”, disse.
Hoje, Rosane, pela primeira vez, desmente o ex-marido. E diz que, por isso, Collor tem medo do livro que ela está escrevendo:
Fantástico: Quem você acha que está temendo hoje pelo lançamento do seu livro?
Rosane: Eu prefiro acreditar que tem pessoas que estão receosas.
Fantástico: Quem?
Rosane: O próprio Fernando, né? Porque eu acredito que eu vou contar coisas que ele não gostaria de ser contada.
Fantástico: Por exemplo?
Rosane: Vou dar um exemplo forte. O PC continuava, ele tomava café da manhã na Casa da Dinda, e ele disse que não, e acontecia. Uma vez por semana, ele tomava café da manhã na Casa da Dinda com Fernando, Presidente da República. Agora, depois que começaram a sair as notícias ruins, aí ele nunca mais foi tomar café na nossa casa. Até porque o PC era tesoureiro do Fernando da época da campanha. Ele quem fez a arrecadação, isso todo mundo sabe.
Fantástico: E depois, qual era a relação do Fernando Collor com PC Farias?
Rosane: De amizade, eles eram amigos.
Fantástico: E no governo?
Rosane: Eu tenho certeza absoluta que o PC teve influência no governo. Tanto que ele tinha irmão que foi ser da Saúde.
Fantástico: Mas o Fernando Collor negou essa informação na época, dizendo que ele não tinha contato com o PC Farias. Por que ele negou?
Rosane: Não sei por que ele negou.
Fantástico: Você perguntou pra ele?
Rosane: Perguntei, ele disse que preferia que fosse assim.
Fantástico: Quem tinha mais influência sobre Collor de Mello. Rosane ou PC?
Rosane: Nossa, eu acredito que o PC Farias.
Rosane lembra que em 1993, quando foi decretada a prisão de PC Farias, a mulher dele, Elma, saiu em defesa do marido: “O Paulo César não agiu sozinho, ele teve alguém que mandou. O chefe maior foi quem mandou ele fazer isso.”
Fantástico: E o chefe era o Fernando Collor?
Rosane: Eu acredito que, quando ela falou nessa entrevista, eu acredito que ela tenha falado do Fernando.
Rosane revela que, quando foi presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA), teve problemas com PC Farias.
Rosane: Uma certa manhã, nós estávamos tomando café da manhã na Casa da Dinda, eu era presidente da LBA de fato, e no café da manhã eu fui conversar com o Fernando e o PC estava lá, e eu disse que eu não gostaria que o PC viesse interferir na LBA.
Fantástico: Que tipo de interferência ele queria fazer?
Rosane: Colocando muitas pessoas pra trabalhar em cargos importantes.
Fantástico: Pessoas dele?
Rosane: Pessoas ligadas a ele. Eu disse que eu não ia permitir.
Fantástico: Isso coincidiu com a primeira crise do casal, em 1991?
Rosane: Exatamente. Foi aí a grande crise que nós tivemos no casamento.
Fernando Collor não se preocupou em esconder que, durante o período de crise no casamento, andava sem a aliança.
Rosane revela agora como o presidente e a primeira-dama mais jovens da história eram assediados nos salões da política.
Fantástico: Vocês eram um casal jovem, bonito. Tinha muito assédio?
Rosane: Com certeza. Eu acredito que de ambas as partes.
Fantástico: Muita mulher dando em cima do Fernando Collor?
Rosane: Muitas mulheres.
Fantástico: Muito homens dando em cima?
Rosane: Com certeza. Isso é natural. Até pelo fato de a primeira-dama ser jovem, até pelo fato do presidente ser jovem, ter 40 anos de idade.
Fantástico: Você, como primeira-dama, foi assediada?
Rosane: É normal. As pessoas olham, se encantam.
Fantástico: Foi cantada?
Rosane: Não sei se cantada, mas palavras mais gentis.
Fantástico: Presentes?
Rosane: É, ganhei. Presente de joias, e eu entregava pra ele. Pra saber o que eu fazia.
Fantástico: Homens te mandando joias de presente?
Rosane: É, de presente. Dava presente. Dizia: era presente pra primeira dama. Normal.
Mais tarde, a própria Rosane foi afastada da presidência da LBA, sob acusações de desvio de verbas.
Rosane: Em relação a isso eu não faço mais nenhum comentário, porque o Supremo Tribunal Federal me deu ganho de casa por unanimidade.
PC Farias foi preso em 1993, e em 1996, quando estava em liberdade condicional, foi encontrado morto em Maceió. A polícia concluiu que PC foi morto pela namorada, que se suicidou em seguida, mas o crime nunca foi completamente desvendado.
Fantástico: Onde você e o Collor estavam quando o PC Farias morreu?
Rosane: Nós estávamos no Taiti.
Fantástico: Como que vocês receberam essa notícia?
Rosane: Ele ficou preocupado. Agradeceu por não estar lá, porque poderia passar na cabeça das pessoas que ele poderia estar envolvido.
Fantástico: Você achou?
Rosane: Não, em nenhum momento. Como acredito que ele não está envolvido na morte do PC.
O momento decisivo da carreira política de Fernando Collor de Mello aconteceu no dia 24 de agosto de 1992. A CPI encarregada de investigar as denúncias contra o presidente concluiu: “Os documentos apresentados hoje pela Comissão Parlamentar de inquérito apontam as ligações do presidente Collor e de sua família com o chamado esquema PC”, disse o noticiário.
Os documentos registram uma reforma de US$ 2,5 milhões na Casa da Dinda, a mansão da família Collor, em Brasília; a compra de um carro Fiat Elba; e despesas pessoais, tudo pago por cheques de fantasmas, ou seja, de pessoas fictícias, inventadas, o que caracteriza crime contra a probidade na administração, um crime de responsabilidade, cuja pena é a perda do cargo. A votação do relatório pelo plenário da Câmara aconteceu no dia 29 de setembro de 1992.
Fantástico: O momento do impeachment. O momento da votação. Onde você estava?
Rosane: Nossa, foi muito tenso. Eu ia ficar com ele, eu queria assistir lá na presidência, no Planalto. Mas ele falou que não queria. Que ele queria assistir sozinho. E cada minuto, cada voto que era dado, ele ligava pra mim. Aí no momento que ele viu que não tinha mais jeito, que realmente o impeachment ia acontecer, ele realmente ficou desesperado.
Fantástico: Quando vocês se encontraram depois disso, o que ele te falou?
Rosane: Só nos abraçamos. Quando ele chegou em casa, nos abraçamos, eu tentei acalmá-lo, tranquilizá-lo e dizer: vai passar, eu estou aqui contigo, eu vou estar sempre do teu lado.
Em entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto, no Fantástico, Fernando Collor admitiu que pensou no pior, no suicídio.
Rosane lembra que nesse momento ficou apavorada.
Rosane: Eu procurei tirar as armas que tinham dentro de casa, eu tirei. Até por precaução, porque num momento de desespero a pessoa pode fazer. Então eu tentei. Durante muito tempo. Eu comecei a ter problema de insônia, porque eu já não conseguia dormir. Eu ficava angustiada, achando que ele era capaz de fazer alguma coisa. Então qualquer movimento dele, nos primeiros dias, se ele levantasse da cama, eu tava com o sono tão leve, era uma coisa impressionante, era tão leve meu sono que ele levantava e eu já acordava. Podia ser o que fosse, eu acho que nem dormia.
Fantástico: Ele ia pro banheiro…
Rosane: Ele ia pro banheiro, eu já acordava e corria atrás dele. Ele dizia: “calma, Quinha, eu estou no banheiro”. Eu achava que, não sei, que ele pudesse cometer, porque foi tudo muito rápido, foi uma coisa muito rápida…
Fantástico: Cometer suicídio?
Rosane: Eu achei que ele pudesse cometer.
Aprovado na Câmara, o pedido de impeachment seguiu para o Senado já no dia seguinte, sendo também aprovado e dando início ao julgamento de Collor, que deveria estar concluído em até 180 dias. Até lá, Collor ficaria afastado da presidência temporariamente, sendo substituído pelo vice Itamar Franco, o que, seguindo os trâmites oficiais, só aconteceu em 2 de outubro de 1992. Foi o dia em que Collor desceu a rampa do Palácio do Planalto pela última vez.
Rosane: Então, naquele momento, quando ele assinou, ele estava muito triste, ele estava muito abatido, ele estava muito magro. Estava depressivo, já não conseguia se alimentar direito. E naquele momento, quando ele assinou e nós fomos descer a rampa e ele quis, sabe, tipo, quis baixar a cabeça, eu segurei na mão dele, e disse: vamos, levanta a cabeça, vamos em frente que a gente vai conseguir.
Em 29 de dezembro, o Senado se reúne sob o comando do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Sidney Sanches, para julgar se Fernando Collor era mesmo culpado pelo crime de responsabilidade, apontado pela Câmara. Se condenado, Collor continuaria afastado, não voltaria à presidência e ficaria inelegível por oito anos. Para escapar dessa punição e garantir seus direitos políticos, ele tenta uma manobra de última hora: renuncia à presidência. Mas a tentativa não dá certo. Resultado: Fernando Collor é finalmente condenado.
Na esfera criminal, dois anos depois, Collor enfrentou no STF a acusação de corrupção passiva. Alegou que as despesas apontadas pela Câmara foram pagas com sobras do dinheiro da campanha de 1989 e com um suposto empréstimo feito no Uruguai. Collor alegou também desconhecer que suas contas eram pagas por meio de cheques de fantasmas. Para condená-lo por corrupção passiva, era necessário que a procuradoria provasse que Collor recebeu dinheiro em troca de favores e serviços prestados a corruptores. Mas, no entendimento do STF, a procuradoria não conseguiu nenhum documento que provasse isso de forma inequívoca. Por essa razão, por cinco votos a três, o Supremo absolveu Collor da acusação de corrupção passiva.
Hoje, Rosane faz uma avaliação sobre o passado.
Fantástico: Você tava preparada pra tanto poder?
Rosane: Ah, não, de jeito nenhum, acho que a gente não tava preparado.
Fantástico: Você se deslumbrou?
Rosane: Eu acho que todo mundo se deslumbra. Eu acho que chega o momento que a gente vê. Eu chegava e estava ao lado da princesa Diana. Eu estava jantando com a princesa Diana.
Collor voltou à política em 2002 e perdeu a eleição para o governo de Alagoas. Em 2006, foi eleito senador pelo mesmo estado. A separação de Rosane e Fernando Collor tinha ocorrido um ano antes, em 2005:
Fantástico: Essa casa onde você vive é de quem?
Rosane: Essa casa, hoje ela está, ele colocou porque ele tem um débito comigo na pensão alimentícia.
Segundo Rosane, a dívida de Collor é de R$ 950 mil. Ela briga na Justiça para ter acesso à parte dos bens que o ex-marido acumulou na vida pública. Os dois eram casados em regime de separação de bens. Quando casou, Rosane tinha 19 anos.
Fantástico: Vocês se casaram em que regime?
Rosane: Antes, em separação de bens total. Eu não sabia, eu achava que tinha sido parcial. Eu achava que aquilo que ele tinha antes era dele. E aquilo que a gente construísse seria nosso. Mas infelizmente, pela minha imaturidade, eu assinei um documento que eu não sabia o que estava fazendo.
Fantástico: Você pode dizer de quanto é sua pensão hoje?
Rosane: É de R$ 18 mil reais. É a pensão que eu recebo.
Fantástico: E você acha pouco?
Rosane: Pela vida que ele tem, sim. Eu vejo amigas minhas que se separaram. Agora há pouco tempo eu tenho um caso de uma amiga minha que se separou, o marido não é ex-presidente, não é senador da República, e tem uma pensão de quase R$ 40 mil.
Fantástico: E você, o que sente por ele?
Rosane: É aquilo que eu digo: o Fernando foi o grande amor da minha vida, mas também foi minha grande decepção.
Fonte: Fantástico
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